Era uma vez duas pessoas que se conheceram sob uma cerejeira. Elas se olharam e se reconheceram como se tudo aquilo fizesse todo sentido. Eles desenharam, conversaram, riram e choraram. Dormiram e acordaram juntos. Mas eles não podiam estar juntos, então, um deles escreveu para o outro este texto aí de baixo.
É engraçado o que a gente pensa das pessoas...
A gente conhece alguém e pensa mil coisas. Coisas boas, ruins... “Será que ele é legal?”, Será que ele gosta disso ou daquilo?” Será que ele transa bem?” Vai, eu sei que você pensa isso também!
E aí você sente alguma coisa muito boa. Você não sabe o que é, mas você tem certeza de que ali, naquela pessoa que você conheceu há poucos dias, existe qualquer coisa de extraordinário que faz você pensar nela e se lembrar de alguma coisa boba que ela falou em algum dia, algum tempo atrás.
Ela ainda não significa nada pra você, ela ainda não existe na verdade na sua vida. É apenas alguém... Alguém que falou uma coisa engraçada e você riu quando não estava num dia bom, alguém que te deu um presente que você nem esperava, mas queria muito.
Um dia alguém me disse que amigos são aquelas pessoas que nos fazem bem sem querer, que não exigem nada de nós, só nossa presença.
Sabe quando você vê a pessoa e simplesmente sorri e dali por diante seu dia passa a ter sentido? É assim. Simples assim.
“Um abraço é melhor do que gozar!” Alguém me disso isso também. E eu concordo. Essa troca sem querer nada em troca é muito boa. É extraordinária, é rara.
Sentir que alguém vê você além do que você é, também é muito raro. É tão bom como quando você sente que, aquele alguém, com quem você nunca trocou mais do que dez palavras, te olha como se você fosse a melhor coisa do mundo, a pessoa mais legal do planeta. “Nossa, o que ela imagina de mim?”
O que você imagina de você? Acredito que a mesma coisa que eu imagino de mim. É bizarro né? O medo de nós mesmos, a vontade de não acordar mais, de um dia deitar e só ficar ali. A gente olha para os outros e vê tudo melhor. A gente se culpa por ser diferente. Se culpa por amar demais, por ser bom demais. Se culpa por se culpar. Nós achamos engraçado quando alguém diz que somos melhores do que imaginamos. Como assim? Eu nem sei o que eu sou!
Eu nunca soube ser completamente feliz. E quando sinto que estou feliz demais, quando vejo que encontro aquilo que sempre procurei, me retraio. Tenho medo porque é bom demais para ser verdade. Tenho medo de não dar conta. Sempre tive medo de mim mesma. Tenho pavor do que eu posso fazer se não me controlar. E eu já perdi o controle. Tanto que não quis mais sair de mim mesma. Mas eu precisava sair. Eu precisava escolher. E eu escolhi. Escolhi seguir. Não importa como, nem o que aconteça no meio do caminho (acredite muitas coisas boas e ruins vão acontecer), não importa se você acordou de mau humor, se está chovendo ou fazendo sol. Só importa que você tem de escolher. Seguir ou parar. E eu escolhi seguir. Por quê? Na verdade, não sei. E nem quero saber. Mas sei que está sendo divertido. Eu choro, rio, ganho, perco, mas no final, sempre dá certo. Pode parecer piegas... E daí? Quem disse que não podemos ser piegas de vez em quando? Quem disse que não podemos simplesmente sermos nós mesmos? A gente não escolhe ser o que é. Nascer onde nascemos, mas escolhemos como seguir. E sabe quem ajuda a gente nessa hora? Aquelas pessoas que conhecemos em algum momento, naquele dia, naquele lugar, e que nos dizem “Vai, eu estarei do seu lado quando tudo der errado para te dizer ‘continue! ’ e estarei aqui quando tudo der certo e você se lembrar de me abraçar só para te dizer ‘parabéns! ’
PS: Eles ainda riem juntos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário