sexta-feira, 15 de abril de 2011

Beijo bom = sexo bom?

Era uma vez uma teoria. Putz! Teoria furada! Tudo começou quando Alexandra e mais três amigos saíram para uma boate. A noite nem prometia tanto. Alexandra nem estava tão a fim de sair. Mas seus amigos estavam e na onda lá foi Alex. Não é que a música estava boa?! O lugar também. Gente bonita, interessante. Aquele ambiente inóspito, escuro e meio largado, típico de boate cult bacaninha da Zona Sul. A fumaça incômoda, mas que não pode faltar, as tatuagens que você tenta, mas não consegue decifrar. As blusas neon com a luz branca. Luz branca é tudo! Você joga a cabeça para um lado e para o outro e nada mais existe. Só aqueles relâmpagos de pessoas enquadradas em poses estranhas que você nota cada vez que resolve abrir os olhos para ver de relance se alguém está de olho em você. As luzes se misturam com a batida da música e seu corpo vai sozinho e Alexandra queria beber tequila. Vai sal na mão, lambidinha sexy, joga a tequila para dentro e chupa o limão – tem de ser o mais sexy possível e sem fazer cara feia.

Volta para a pista e recomeça a dança. Embaixo de um jeito em cima de outro. A amiga vem pra perto e Alexandra começa a se esfregar entre as pernas dela como se quisesse prender seus joelhos. Barriga com barriga, seios se esfregando e caras e bocas. Os homens piravam e essa era a intenção. Deram um tempo para ir ao banheiro. Vontade de fazer xixi? Claro que não! É só uma pausa para repetir as caras e bocas no espelho pra ver se está mandando bem e retocar a maquiagem. Ih! Foi nesse momento que a teoria começou a ir por água abaixo. Alexandra estava lá posando de modelo para o espelho que dava para um corredor quando aquele “carinha” foi e voltou para observá-la. Ela logo se empolgou. Olhou de volta e sorriu. Já saiu do banheiro cumprimentando o cara. Loiro, olhos verdes, bonito. Rolou o beijo. Nossa que beijo! Eles se beijaram por tanto tempo que deu câimbra. Era daqueles beijos que arrepiam, que encaixam. Perfeito! E a seguir, a teoria de Alex: “Se o beijo é bom o sexo é melhor ainda!” Sério? Ela acreditava piamente nisso.

- Vamos embora para minha casa?, Perguntou o moço.

- Ah não! Tenho que voltar com meus amigos., Cú doce básico da moça.

- Ah! Eu te levo em casa depois!

- Ok, então! – mudou de ideia rápido, hein!

Acabou que por algum sopro do seu anjo da guarda ela resolveu não ir para casa dele. Transaram no carro mesmo. Numa rua cheia de carros e casinhas bonitas. Sabe a teoria? Foi aí que ela começou a ir por água abaixo. O instrumento do menino não era lá essas coisas, mas lá foi ela. Ah, ele não correspondia, mas por incrível que pareça, estava crente que estava fazendo um ótimo trabalho. “Meia-bomba” era pouco. Nada ali funcionava. A química já era. E tinha um detalhe, o cara era chato e incomodamente bobo. Ela arrumou um compromisso rapidinho, mas ela queria tomar café da manhã. “Pelo amor de Deus, não!”. Então ele resolveu levá-la em casa. Fazer o que né, morar longe dá nisso! O caminho foi torturante e ele já planejava a semana juntos. Ele ligou umas três vezes depois. Mandou mensagem perguntando o que tinha feito de errado. Alexandra se sentiu mal por aquilo, mas...

Ele sumiu e sete meses depois no carnaval, no meio de um bloco, no meio de um milhão de pessoas, ele aparece. Ela treme e tenta se esconder atrás da amiga. Não adianta, ele chega perto, por trás e diz: “Te achei!”. Gente, Alexandra quase cavou um buraco para se esconder. Que situação! Depois de um pé na bunda, de ter mandado mal, de ter acabado com uma teoria de anos, ele ainda achava que poderia rolar algo mais? Sim, ele achava.

Depois disso, ela mudou a teoria. Não existe teoria!

Nenhum comentário:

Postar um comentário