domingo, 10 de abril de 2011

Ainda bem que ela não nos ouviu

Era uma vez duas pessoas totalmente diferentes que se encontraram em uma pilastra no meio de uma festa de bigodes, camisas quadriculadas, pessoas de mentira e óculos coloridos. Ela estava lá, dançando e confraternizando com metade da festa. Eita menina sociável! Ela conhecia todo mundo e ele não conhecia mais do que duas pessoas. Seus nomes? Madalena e Leo. Sobre a Madalena só vou dizer-lhes uma palavra: feliz. E sobre o Leo vou escrever quatro letras: NERD.

Madalena chegou estonteante. Depois de falar com todos, depois de dançar e de beber um pouco ela reparou nele. Encostado numa pilastra, olhando para o nada. Ela não pensou muito, ela nunca pensava. Chegou perto e o chamou para dançar. Eles foram. Não se desgrudaram mais desde então. Ele morava longe do trabalho e ela perto do que ele queria. Seu corpo. Ele foi ficando. Eles foram se conhecendo. Dormiam e acordavam juntos. Se olhavam mais do que deviam. E então veio o inevitável. A conversa com as amigas.

Madalena se sentou com elas e perguntou o que aquilo tudo significava. Claro que com toda a experiência aprendida em Claudias, Novas, Marie Claires, filmes de amor, e relacionamentos frustrados, suas amigas disseram que aquilo não iria para frente. “Mas por quê?”, perguntava Madalena. “Porque ele só quer sexo!”, responderam prontamente as amigas. Madalena pensou, pensou e por fim falou o que tanto queria. “Ele disse que adora estar comigo!”. Putz! Esse era o momento de chamar o único macho da equipe para dar seu parecer. “O que um homem quer dizer com isso?”, perguntamos ao nosso amigo. Prontamente ele respondeu: “Nada! Ele somente disse que gosta de estar com você. Não disse que gosta de você!”. Realmente o que nós mulheres sempre aprendemos é que os homens dizem o que dizem. Quem diz uma coisa querendo falar outra, somos nós. Somos nós que pensamos e ensaiamos mil vezes o que dizer para forçamos uma reação neles. Não o contrário! E ele disse o que ele queria dizer. A reação dela não foi a da melhores. As amigas praticamente a fizeram acreditar que ele não prestava, que estava apenas se aproveitando dela.

Todos os dias essas amigas, aquelas que foram contra, agradecem por Madalena não ter dado ouvidos aqueles conselhos. Ela seguiu o que ela acreditava e continuou com ele. Eles moram juntos até hoje. Se amam e estão felizes. Não há regra nisso, não é? Não há regra quando o que está em jogo é tão sublime. Até aonde isso tudo vai? Não importa, mas ela seguiu a única coisa que importava, a única coisa que importa quando amamos alguém. Ela seguiu seu coração.

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